The Last Story


Título: The Last Story
Data de lançamento: 27.01.2011 [Japão]; 24.02.2012 [Europa]
Plataforma: Wii
Jogadores: 1 (2-6 online)
Género: RPG, acção, estratégia

Sobre o Jogo:
"The Last Story" é um jogo de RPG em tempo real com elementos de estratégia, dirigido por Hironobu Sakaguchi e desenvolvido por Mistwalker e AQ Interactive para a consola Nintendo Wii.

O jogo tem como cenário a ilha de Lazulis, governada pelo Conde Arganan e que guarda um segredo sobre a lenta destruição da Terra. O jogador controla um grupo de mercenários que, inicialmente se desloca do continente para a ilha após serem contratos pelo Conde Arganan, e ali permanecem como pessoas chave para descobrirem os segredos da ilha fortaleza e de toda a sua história.

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Opinião: A Wii é uma consola fraquinha em termos de bons RPG. Quando falo em bons RPG refiro-me a jogos género Final Fantasy e Kingdom Hearts (aliás, aos JRPG - RPGs japoneses). Apesar de já jogar nesta consola há mais de um ano, ainda só joguei um jogo que considerei um verdadeiro RPG - Final Fantasy Crystal Chronicles: The Crystal Bearers - e, analisando bem o jogo, até que não foi um jogo bem consistente e inesquecível. Na verdade teve muitas coisas que falharam, mas houve uma que me fez recordar deste jogo e, por isso, considerá-lo um bom RPG. Este foi o primeiro jogo que joguei na Wii e no qual vi uma história, vi cenas animadas e ouvi as vozes das personagens durante as cenas e todo o jogo. Nem mesmo The Legend of Zelda: Twilight Princess contou com esta característica, o que pecou bastante na minha opinião e desmotivou-me a terminar este jogo. Com esta pequena opinião, pretendo dizer que até jogar The Last Story ainda não tinha jogado nenhum RPG épico na Wii e estava mesmo desejosa de ver um.


The Last Story foi a maior surpresa que neste momento encontrei na Wii. É o género de jogo que me delicia completamente a jogar e não paro até terminar. Isto é por não considerá-lo apenas um jogo mas um filme bastante complexo, ao qual não me limito a assistir mas a participar. Ver um jogo ser convertido numa história bem complexa, além dos sistemas de luta é a coisa mais agradável que os japoneses inventaram.

Este jogo apresenta uma forte história, em que o jogador não se prende só no sistema de batalha e na motivação para "level-up" e "defeat boss" mas prende-se na história de uma tal maneira que muitas vezes até nos esquecemos que estamos perante um RPG que, por ventura, terá um "ultimate boss" algures pelo final e que precisaremos de o derrotar e vamos ter de suar para isso. Não temos só um conjunto de personagens com habilidades especiais necessárias à progressão no jogo. Em vez disso, vemos um conjunto de personagens com histórias pessoais, com dilemas que precisam de ser superados para o jogo avançar e ficarem ainda mais fortes.

Infelizmente, e que é o ponto mais negativo para mim, neste jogo podemos controlar só uma personagem - Zael. Há determinadas alturas do jogo em que ganhamos o controlo de outras personagens como o Dagran, Syrenne e Yurick, mas é durante um curto período de tempo e porque assim está determinado pelo jogo.

Agora falarei um pouco da história do jogo ao mesmo tempo que falo de algumas características do jogo.


A personagem principal do jogo é Zael, um rapaz que encontrou num grupo de mercenários a sua verdadeira família e vive e trabalha com eles para sobreviver. Mas num determinado dia, durante o primeiro trabalho para o Conde Arganan, ele obtém um misterioso poder na sua mão direita. É este o poder que o destaca e também é o que diferencia este jogo de muitos outros RPG. Aqui ele não é a personagem que inflige danos nos monstros enquanto os outros membros do grupo distraem os monstros mas é exactamente o contrário. Aqui, o jogador tem como principal objectivo dar tempo às restantes personagens não controláveis de infligirem danos nos inimigos.

Zael não possui qualquer poder de cura. Bem, no início considerei este ponto muito desanimador porque depender de outras personagens que podem até não estar disponíveis na altura para nos curar torna o jogo muito difícil de prosseguir. Mas isto não é verdade em The Last Story. O jogo tem um grau de dificuldade praticamente inexistente e tem um sistema de vidas muito interessante. Cada personagem possui 5 vidas, ou seja, 5 oportunidades para sofrer KO e continuarmos a jogar antes de vermos o Game Over. Agora vocês pensarão que isto torna o jogo muito chato e pouco desafiante. E mais uma vez vou discordar, isto porque os sistemas de luta não se baseiam em apenas poder de ataque e defesa. É necessário estratégia para derrotar os bosses e, por vezes, ela não é de cara. Na verdade, cheguei a perder as minhas 5 vidas em algumas situações antes de descobrir como lidar com os bosses.

Mas agora prosseguindo na história do jogo. Após esta missão para o Conde Arganan ter êxito, o grupo de mercenários permanece na ilha de Lazulis por uma noite que, curiosamente, antecede um conjunto de acontecimentos que activam toda a história. Zael conhece Calista, a princesa destinada a casar no dia seguinte mas que é raptada por Guraks.


Parando aqui novamente, normalmente em RPGs com alguma componente romântica, esta só se nota muito lá para a frente. Neste vemos a química entre Zael e Calista a nascer no primeiro momento em que se encontram. Calista é uma personagem de cura e protecção e, na minha opinião, não é a melhor do jogo. Mirania é bem superior a ela porque possui um poder que permite recuperar as 5 vidas perdidas de todas as personagens o que é bem útil quando se gasta cerca de 3/4 vidas para se descobrir a estratégia correcta e assim prolongarmos mais umas quantas vidas para termos tempo de derrotar os bosses sem termos de ir à segunda tentativa (acreditem que mesmo sabendo a estratégia correcta, alguns conseguem ser duros de roer e levam algum tempo até serem derrotados). Mas Calista possui o único poder que permite derrotar um dos bosses, por isso é muito útil tê-la connosco quando sabemos que vamos lutar com ele.

Outra coisa absolutamente fantástica no jogo é que não temos de seleccionar as 3/4 personagens da nossa equipa. Durante os combates todas as personagens tomam parte activa e Zael pode, até certo ponto, controlar indirectamente algumas das suas acções.

Falando um pouco mais das personagens, Dagran é o chefe deste grupo de mercenários mas também é a personagem mais ausente de todo o jogo. É uma pena porque é com ele que somos introduzidos ao básico do jogo e acaba por ser um pai para todo o grupo. Mas há aqui muitas curiosidades sobre ele que não revelarei porque assim irá destruir a surpresa do jogo para quem não jogou.

Resta-nos ainda o Yurick, o típica personagem trombuda, com um coração de gelo mas que só quer um pouco de carinho. Ele é a personagem que controla a magia do fogo (muito útil para a maioria dos inimigos) e lá para o final é ele a única personagem com o poder certo para derrotar um boss. Nunca o retirei da party durante os desafios da Arena (pequenas lutas para se adquirir items e experiência durante o jogo).


E para terminar, a Syrenne e o Lowell. Falarei destes dois juntos porque eles são também um casal durante o jogo e são muito engraçadas as suas interacções. A Syrenne é a personagem cujos ataques se assemelham mais ao Zael, portanto se pretenderem força bruta, devem dar-lhe um pouco mais de atenção. Já o Lowell é uma mistura de magia e poder, inútil na minha opinião porque acaba por não ser um bom mágico como o Yurick e a Mirania e não ter grande poder de ataque no restante.

Continuando na história, o grupo vai salvar Calista e depois quando regressam a Lazulis, o Conde Arganan descobre que Zael recebeu o poder do Outsider e que só ele poder eliminar a ameaça Gurak. Mas o poder de Outsider tem um segredo escondido por trás. Porque a maior terra pacifica de todo o reino é na verdade uma fortaleza adormecida? Porque o Conde Arganan está muito confiante sobre si, sobre o poder que acredita possuir e a capacidade defensiva da ilha? O que é o Outsider? Porque a terra está a morrer lentamente? São nestes segredos que a história se vai desenrolar e se vão basear todas as decisões que Zael irá tomar, quer para salvar o mundo, como para realizar o seu sonho de se tornar um cavaleiro, como para seguir o seu coração.


E depois desta review grandita, vou terminar fazendo mais uma louvação a um sistema totalmente inédito dos RPG que joguei até agora e que é o equipamento. Neste jogo podemos escolher que roupa vestir a cada personagem, remover ou adicionar peças e o mais sensacional é que as alterações que fazemos têm impacto quer durante o jogo como nas cutscenes. Ou seja, se despirmos o Zael e logo a seguir ele for falar com o Conde Aragan, ele estará a falar nu. E mais, se escolhermos como arma uma frigideira ou uma garrafa, veremos as personagens a usá-las nas lutas. É claro que como exemplos escolhi os mais absurdos e cómicos, mas as opções costumizáveis de equipamento e armas é realmente fabulosa.

Bem, este foi o melhor jogo que joguei na Wii até ao momento. Sei que tem um grande rival - Xenoblade Chronicles - por isso quando avançar para este jogo espero que possa superar todas as expectativas que The Last Story deixou bem lá no alto.

4 comentários:

  1. Menina sabe uma coisa que eu nunca foi interessada é Rpg ? DDDDDDDDD:
    tenho um primo que é viciado loucamente u__u
    mesmo assim, ótimo post.

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  2. oláá! ^.^
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    http://annyeongdramas.blogspot.com.br/2012/07/meme-das-11-coisas.html
    bjos e boa noite

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